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Capítulo 5

Ao ouvir a voz, Dantes olhou na direção do quarto de Leo com incredulidade, sem acreditar no via diante de seus olhos.

Quando Ana se virou, viu que Leo já havia se levantado e deixado o quarto sozinho.

A pessoa que acabara de assediá-la era Leo?

Ana ficou atônita. Nunca imaginou que Leo acordaria tão rápido.

O olhar impassível de Leo percorreu o corpo de Ana e, quando captou a incredulidade no rosto de Dantes, um toque de suavidade surgiu em seu rosto:

- Acordei, pai. Sinto muito por ter deixado você preocupado todo esse tempo.

Só então, como se tivesse acordado de um sonho, Dantes correu até Leo, estendendo a mão trêmula para tocá-lo e se certificar de que ele estava acordado e bem.

- Que bom que acordou, que bom! – disse ele com alívio.

Leo se apressou em estender a mão para segurar Dantes e acalmá-lo:

- Pai, não se emocione demais. Fique calmo. - ele então olhou para Ana, que estava de pé ao lado, sem saber o que dizer. - Quem é essa mulher? Como ela conseguiu entrar no meu quarto?

O quarto de Leo era proibido para estranhos, especialmente mulheres, que eram um tabu para ele.

Obviamente, o que acabara de acontecer não era nada agradável para Leo, que acabara de acordar, então seu tom era frio.

Dantes olhou para Ana e soube que a havia culpado erroneamente:

- É uma longa história, vamos conversar sobre isso no escritório. Ana, vá para o seu quarto primeiro.

Ao ouvir o tom afetuoso de Dantes com Ana, os olhos de Leo pareceram ainda mais frios ao olhar em sua direção, como se a estivesse julgando.

Ana sentiu um frio indescritível com esse olhar e percebeu que Leo sentia uma grande hostilidade em relação a ela.

Mas, chegando a este ponto, as coisas estavam claramente fora de seu controle, e Ana só pôde suportar o olhar gélido do homem enquanto voltava correndo para seu quarto.

Vendo as costas esguias dela desaparecerem de vista, Leo seguiu o Dantes até o escritório.

Dantes brevemente informou sobre todos os acontecimentos nos últimos dias antes de finalmente falar sobre Ana:

- Quanto a Ana, ela é a esposa que eu achei para você.

Até então, Leo estava calmo, mas sua expressão finalmente mudou com essas palavras.

Ele franziu o cenho e seus olhos se encheram de desgosto:

- Esposa? Só estou inconsciente há quanto tempo e você já me trouxe uma mulher de volta? Não concordo com este casamento.

Dantes suspirou ao ouvir suas palavras, não estava surpreso que seu filho, que sempre foi um homem de coração puro e ingênuo, reagisse dessa forma.

- Tudo aconteceu por alguma razão... Mas enfim, a Certidão de Casamento de vocês já foi feito, agora vocês estão legalmente casados.

Diante dessas palavras, Leo estreitou os olhos:

- Nesse caso, vamos até o Cartório pedir divórcio agora mesmo.

Dito isso, Leo se levantou para ir atrás da Ana, querendo desfazer esse casamento absurdo o mais rápido possível. Dantes viu como ele estava determinado e se apressou em impedi-lo:

- Leo, você já está com quase trinta anos, não pode ter um pouco de consideração por um velho como eu? Mesmo sabendo de sua situação, Ana ainda está disposta a se casar e cuidar de você. Ela é uma boa moça.

Leo queria ir embora, mas quando virou a cabeça, viu alguns fios de cabelo grisalho nas têmporas e Dantes e percebeu que aquele homem, que sempre fora tão poderoso, estava ficando velho.

No fim, Leo não discutiu mais:

- Posso concordar em não me divorciar por enquanto, mas tenho uma condição: se eu encontrar a mulher que realmente amo, o senhor não poderá mais impedir o divórcio.

Leo pensou imediatamente na garota inocente que ele forçou naquele dia.

Aquela garota era sua primeira mulher e ele também havia lhe tirado sua preciosa primeira vez, então tinha que se responsabilizar por isso, não importava como.

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