- Qual é o seu nome? - Antes que ele pudesse responder, ouvi gritos de guardas vindo com lanças afiadas e retirando espadas de suas bainhas. Ele poderia facilmente destroçar qualquer um ali, mas ele não o fez. Optou por sumir na neve. Alguns guardas o tentaram seguir, em vão.
- Você está bem? - Disse um homem estendendo a mão pra mim, peguei sem pestanejar. Balancei a cabeça positivamente e levantei o olhar.
- Levem ele para o castelo do Lorde Arvos.
- Não precisa, eu estou bem, a minha casa é logo ali - Apontei.
- É uma ordem - Dirigiu aos outros guardas, ignorando totalmente a mim e a minha subjeção. Em um instante, eu estava cercado por homens com armaduras, dois em minha frente e dois atrás, iniciando um percurso de retorno para a Aldeia. O povo me olhava receoso, como se eu tivesse cometido algum crime. Andamos até certo ponto, um pouco depois da praça, lá na frente, era uma carruagem que nos levaria até
Sem RevisãoSair do castelo durante a noite em que todos dormiam seria muito suspeito e poderia me custar uma noite inteira na prisão. Achei melhor esperar até o amanhecer e quando este chegou, não hesitei em dizer adeus ao Lorde. Ele mandou guardas me conduzirem, depois de me perguntar se eu gostaria de ficar para o almoço, eu recusei. Não vi o filho do Lorde desde a noite anterior e sinceramente, acho que isso foi uma coisa boa.Chegar atrasado na escola da aldeia não era algo comum pra mim. Melídia parecia cansada e Mike finalmente estava a seu lado, mas parecia apressado, como que já fosse em bora logo e assim o fez quando sentei perto dela.- Aconteceu algo?- Ele não vai ao baile comigo - Bufei em frustração, pensei um pouco sobre o que dizer e cheguei a uma conclusão.- Por que não vamos juntos? Tenho certeza que ele não iria se importar.- É, eu acho
Sem Revisão- Você não tá nem tentando! - O garoto gritou alto, me jogando no chão mais uma vez. Cansado, dolorido e com raiva. Matt parecia feliz em me jogar no chão de vez em quando, mas agora estava realmente impaciente. Era notável.- Eu não sei... fazer isso - Tentei levantar, mas senti uma dor no meu braço e logo levei a mão massageando o local. Enquanto eu gemia de dor, Matt simplesmente pegou suas coisas, seu casaco confortável e seguiu rumo à fora. Olhei ele sumir na entrada e me levantei em seguida. Merda. O que ele queria afinal? Me ajudar ou me treinar pra uma guerra?Encontrei ele no portão novamente. Ele estava parado, olhando pro caminho que seguia minha casa. Achei estranho seu comportamento, mas era justificável vindo de alguém como ele.- Por que sua casa é afastada da vila?- Meu pai perdeu a antiga casa no centro. Ele tinha muitas dívidas e você sabe, os impostos. Não
Sem Revisão- Eles estavam tão estranhos - Finalmente terminei de contar a Melídia o que havia acontecido entre mim e Matt e Alec, e por como eu passei por situações tão parecidas com ambos. Deitado sobre a cama da garota, observando seus traços enquanto ela terminava de se arrumar. Foi de sua própria insistência que eu contasse-lhe tudo antes de ir pra lá, pra não ir agindo de maneira estranha.Ela sorriu quando eu terminei de contar a história, olhou pra mim e pôs seu casaco mais confortável, também o mais bonito. Ela estava linda.- Garotos são estranho as vezes, John. Pronto? - A sua casa ficava perto do centro, mesmo assim, teríamos que andar alguns minutos até a praça. Foram minutos bem congelantes, ainda mais pra mim, que pela primeira vez, saía sem minha capa. Quando chegamos perto da entrada, enfeitada de diversas maneiras. Algumas pessoas instantaneamente nos encararam, com certeza olhavam pra Melídia e todo seu esp
Por um instante, meu cérebro me disse que tudo não passava de um sonho, que nada tinha acontecido, uma ilusão fria de um pesadelo das muitas noites de neve. Mas no fundo, eu sabia que todas as sensações que passei foram reais. O medo, uma energia tão poderosa tomando meu corpo e como isso me esgotou fisicamente. Eu queria abrir os meus olhos, mas não tinha forças o suficiente, de algum modo, eu estava fraco demais pra tentar qualquer movimento. Enquanto minhas forças falhavam, a audição parecia se apurar. Conseguia ouvir ruídos em minha volta, passos, conversas saindo como cochichos.Eu queria gritar o único nome que vinha na minha mente agora. Matt, Matt, Matt. O único de quem eu me lembrava de verdade antes de cair em sono profundo.- John?! Onde você está? - Ouvi a voz perpetuar dentro da minha cabeça e me desesperei. De início, pensei que ele estava falando no lugar onde eu estava.- Matt?! Você tá bem? Eu não vejo você,
Me ajoelhei ante seu corpo, e estendi a mão até seu peito, onde espalmei. Ele relutou um pouco, resmungou algo que eu não entendi e provavelmente me xingou muito nos seus pensamentos. Fechei os olhos e me concentrei na sua dor, eu a sentia também, a conexão era forte, mas precisava ser finalizada.Seus gemidos de dor aumentaram, e no momento de desespero, ignorei a sua voz me dizendo pra recuar e o beijei. Não porque sentia vontade, mas porque sabia que era o certo a se fazer. Foi um beijo mal recebido de ambos os lados. Ele não contestou quando nossos lábios selaram e a sua dor cessou. Senti meus olhos arderem em algo que eu não podia explicar. Era indescritível.- Por que você fez isso? - Empurrou já mais calmo, com certa força.- Não quero que você precise sofrer por minha causa - Eu já esperava um soco na minha cara, mas fiquei surpreso ao ser puxado para mais perto de seu corpo. Ele mesmo tomou a iniciativa do beijo. Era
Sem Revisão(desculpinha)Foi um momento de glória para todos ali, principalmente para Thomas, que parecia o mais feliz com a notícia de que a ligação já estava completa. Eu ainda não entendia o que ele fazia na matilha, mas estava disposto a descobrir. A noite de celebração fora intensa, barulhenta e até agradável de certo modo. Tinha muito carinho envolvido pela parte dos lobos e notei que havia uma forte presença feminina pra onde olhava. A capa branca que me impedia de morrer de frio não era necessário pra mais ninguém, ali todos pareciam aquecer a si próprios, com exceção de Thomas, que parecia agora, menos a vontade do que antes, por isso encarava a fogueira esfregando as mãos.- Mi Lord - Eu disse atraindo sua atenção.- Rei Alfa - Ele exibiu um sorriso provocativo. Balancei a cabeça em negação, sentei-me ao seu lado e depois de muito encará-lo curioso, finalmente perguntei:- Por que não volta para o ca
Sem RevisãoSenti braços acolhedores passando pelas minhas pernas e costa, envolvendo meu corpo no que parecia um abraço de consolo. Logo fui erguido para mais perto do corpo que me segurava e senti-o quando me tirou do chão. Me recusei a olhar seu rosto, eu ardia em vergonha e ainda sentia medo pela situação que me cercava. Pra mim, era tudo demais. Não o suficiente pra me fazer explodir com todos como Matt e sua paciência miserável, mas o bastante para me manter irritado o tempo inteiro. Eu podia sentir ondas enormes de energia percorrem meu corpo quando estávamos nos tocando, sempre, mesmo quando haviam centímetros para que nossos corpos se chocassem. Eu ainda tinha meu rosto afundado em seu peito e me recusava a olhar pra qualquer um, mesmo sabendo que detinha os olhares todos sobre mim e ele.- Você está bem, Grimm? - A voz me pegou de surpresa, u
Sem RevisãoSe ele já me ignorava antes, agora eu não fazia questão alguma. As coisas entre nós estavam tão enroladas que a tensão ficava evidente toda vez que cruzávamos o caminho um do outro. Irena me disse que o que eu fiz naquela noite foi devido ao descontrole de ambas as partes, enquanto ele obedecia somente a fera, eu perdia completamente a concentração sobre nossa conexão. Descobri poder fazer muito mais com isso, sentia seus movimentos na minha mente e conforme eu ia descobrindo mais sobre, mais nossa ligação se mostrava concreta. Na manhã do em que ele quase avançou sem permissão, eu sentia o arrependimento nele, mas não iria perdoá-lo se ele não se expressasse. Eu também sentia sua atração física por algumas garotas, mas somente física. Irena concluiu sua frase dizendo que a atra&