Capítulo 13

No banheiro do quarto principal, a enfermeira estava secando cuidadosamente as gotas de água do corpo de Elliot com uma toalha seca.

Suas pernas ainda estavam fracas e ele só conseguia se levantar se alguém o segurasse, então precisou da ajuda da enfermeira.

Esta enfermeira estava cuidando dele desde que ele sofreu o acidente.

Ele era um homem de meia idade que era meticuloso e cuidadoso com seu trabalho.

"Você tem um roxo na coxa, Sr. Foster", disse a enfermeira enquanto vestia o roupão de Elliot e o ajudava a sair do banheiro. "Eu vou pegar uma pomada para você."

Elliot sentou-se na beirada da cama e abriu o roupão para olhar o hematoma quando a enfermeira saiu do quarto.

Não era como se ele não sentisse as pernas, mas quando Avery o beliscou, ele se conteve e fingiu que não sentiu nada.

Por alguma razão, ele continuou lembrando do rosto choroso de Avery.

Além disso, a fragrância única de seu corpo ficou em sua mente.

Elliot nunca se sentiu assim por uma mulher em todos os seus anos.

Nunca houve uma mulher capaz de fazer ele sentir emoções tão estranhas.

Algo sobre Avery Tate, de alguma forma, conseguiu despertar algo dentro dele.

Ele precisava se sentir assim em relação a uma mulher de quem estava prestes a se divorciar?

Era uma sensação completamente estranha e absurda para ele.

Se ele tivesse a chance de passar por isso de novo, no entanto, ele ainda ia perder a paciência e rasgar o vestido dela.

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Às 7h da manhã seguinte, Avery acordou cedo de propósito para evitar Elliot e tomar seu café da manhã.

Ela saiu de seu quarto e se dirigiu para a sala de jantar.

"Madame! Você acordou cedo hoje também! O café da manhã está pronto," a Sra. Cooper a cumprimentou com um sorriso.

A palavra "também" foi dita com forte ênfase.

Já que Elliot estava lá, ela deveria voltar para seu quarto.

"Eu fiz alguns raviólis vegetarianos para você hoje. Eu fiz especialmente para você, já que você disse que não queria comer carne ontem. Espero que você goste", disse a Sra. Cooper calorosamente enquanto acompanhava Avery ao seu lugar à mesa. .

Avery parecia estar sentada em alfinetes e agulhas com uma expressão de inquietação.

Ela poderia muito bem ter as palavras "Eu não quero ver você, Elliot Foster" escritas em seu rosto.

Elliot não olhou diretamente para ela, mas sentiu a resistência que emanava dela.

"Vamos ver minha mãe depois do café. Você deve saber o que dizer e o que não dizer", disse ele com indiferença.

"Quando você planeja me dar o dinheiro para aquele vestido na noite passada?" Avery perguntou severamente.

Tudo bem se ele quisesse que ela cooperasse e fosse ver Rosalie, mas ele tinha que pagar sua dívida primeiro.

"Não tem muito dinheiro aqui em casa," Elliot disse enquanto tomava um gole de leite, "Eu posso fazer uma transferência se você estiver com pressa."

"Pode ser. Aqui está o número da minha conta!" Avery disse, enquanto pegava o telefone, abria o número da conta e passava para Elliot.

"Quanto foi?" Elliot perguntou enquanto pousava seu copo de leite e pegava seu telefone.

"Cinco mil", respondeu Avery.

Elliot ergueu os olhos e olhou para ela. Ela não sentiu culpa nenhuma.

"Não dizia 4.500 na etiqueta?"

"Por que você se deu ao trabalho de me perguntar, então?" Avery retrucou, depois levantou a mão direita e acrescentou: "Os 500 dólares extras são para os médicos.”

O pulso que Elliot agarrou ontem estava profundamente machucado, então ela planejava parar na farmácia quando tivesse tempo.

Ela não se sentiu mal por pedir os 500 extras para isso.

Elliot olhou para o pulso de Avery e seus lábios franziram levemente. Ele transferiu os 5.000 dólares para ela.

Um terço da raiva de Avery se acalmou depois de receber o dinheiro.

"Não pense que vou te perdoar só porque você me pagou. Eu não te perdoaria mesmo se você me desse mais 5.000 dólares", disse Avery.

Elliot não respondeu às palavras cruéis dela, mas saiu silenciosamente em sua cadeira de rodas.

Seu silêncio extinguiu outro terço de sua raiva.

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Às 9h daquela manhã, a família Foster estava reunida na antiga mansão para visitar a recém de alta Rosalie.

Rosalie recebeu alta da UTI desta vez, o que significava que sua condição era muito mais grave do que a última vez que ela foi internada por hipertensão.

"Como você está se sentindo, Elliot?" Rosalie perguntou.

Ela não teve coragem de culpar seu filho quando o viu, mas se preocupou com sua saúde.

"Muito bem", Elliot respondeu.

Vendo o rosto de sua mãe, que se tornou velho e frágil, ele segurou algumas das palavras que queria dizer.

"É bom ouvir isso," Rosalie disse enquanto desviava o olhar para Avery, então perguntou, "E você, Avery? Elliot ainda está te dando trabalho? Você tem que me dizer se ele estiver."

Avery balançou a cabeça e disse: "Não está não. Você, por outro lado, precisa cuidar de si mesma."

"Eu vou ficar bem enquanto você e Elliot estiverem bem", disse Rosalie. "Avery, Elliot nunca namorou ou foi atrás de uma garota antes. Ele pode não ser tão gentil ou romântico, mas espero que você possa perdoar ele. Ele é um homem, afinal. Sua carreira vem em primeiro lugar. Você não acha? "

Ela estava tentando convencer Avery.

Avery, no entanto, sentiu-se extremamente desconfortável.

Elliot nunca namorou?

Ele nunca tinha ido atrás de uma garota?

Como isso era possível?

Parecia que Rosalie não conhecia seu próprio filho muito bem.

"Avery, ouvi dizer que a empresa do seu pai está enfrentando alguns problemas e está prestes a falir", disse Rosalie. Ela tinha acabado de sair do hospital, mas já estava preocupada com todos os tipos de problemas. "Eu perguntei aos advogados. Isso não tem nada a ver com você, então a dívida de seu pai não pode ser colocada em sua cabeça. Tudo que você precisa fazer é ficar ao lado de Elliot e ser sua esposa."

Avery sabia muito bem que Rosalie sempre a tratou como um peão no seu joguinho, mas de jeito nenhum ela iria viver sua vida de acordo com os ideais da velha.

"Meu pai se foi, mas ele não gostaria de ver a empresa cair se ele ainda estivesse por perto. Então, farei o melhor que puder para tentar vencer esta batalha perdida", disse Avery em um tom que não era nem humilde nem arrogante.

"Ah, Avery!" exclamou a cunhada de Elliot, Olivia Tate. "Seu pai não gastou muito com você, mesmo quando a empresa dele estava ganhando dinheiro, não é? Agora que ele se foi, você está se apegando a uma empresa falida e não vai desistir. Como assim? Você achou que o Elliot ia simplesmente tossir o dinheiro para te ajudar?"

"Ouvi dizer que seu pai devia 125 milhões!" disse o irmão de Elliot, Henry Foster, "Isso não é pouca coisa. Uma pessoa normal não ia te emprestar essa quantia, e eles não iam conseguir tossir tanto assim... Você estava pensando em pegar esse dinheiro da nossa família? "

Avery nunca tinha pensado em pedir a Elliot para ajudá-la com o dinheiro, então ela estava muito infeliz com os comentários da família.

Todos os olhos estavam sobre ela enquanto esperavam sua resposta.

"Nossa, todos vocês gostam muito de mim. Mesmo se eu pedisse o dinheiro emprestado para o Elliot, ele nunca ia me dar", disse Avery ironicamente. "Conheço minha própria situação. Vou dar um jeito."

Suas palavras aliviaram os membros da família Foster.

Ela estava certa. Elliot vinha insistindo em se divorciar dela desde que acordou, então por que ele ia dar o dinheiro para ela?

As emoções de todos relaxaram um pouco depois do chá da manhã.

Rosalie segurou a mão de Avery e disse, "Não é impossível para você ajudar a empresa de seu pai, Avery. Tudo que você tem que fazer é ter o filho de Elliot, então ele com certeza vai te emprestar o dinheiro."

Avery acariciou sua barriga e olhou para Elliot.

Ele estava tomando seu chá e parecia completamente calmo, como se não tivesse ouvido as palavras que sua mãe disse.

Avery e Elliot saíram da velha mansão depois do almoço.

Enquanto eles estavam sentados no banco de trás do carro a caminho de casa, ele estava absorto em pensamentos, e ela estava olhando pela janela.

A atmosfera no carro era estranhamente silenciosa.

"Se você estivesse grávida de um filho meu", Elliot disse de repente, com uma voz arrepiante, "eu mataria ele com minhas próprias mãos."

Um calafrio percorreu o corpo de Avery. Seus lábios se separaram, como se ela fosse falar alguma coisa, mas nenhum som saiu.