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Capítulo 5

O símbolo da Águia Negra era exclusivo da nobre família Silva, único no mundo!

A recepcionista ficou extremamente atônita. Embora não soubesse quem era Laura, imediatamente mudou sua atitude fria, se aproximando dela com todo o respeito e fazendo uma reverência de noventa graus, dizendo:

– Desculpe, foi por falta de conhecimento da minha parte, não sabia que a senhora é uma distinta dama. Por favor, me perdoe, vou preparar imediatamente um elevador exclusivo para a senhorita.

Laura, com um brilho sutil nos olhos e uma expressão fria, perguntou:

– Onde está Ademir?

Ademir era seu tio pela parte do pai.

O acidente de carro de dez anos atrás resultou na morte de seu pai e sua mãe se tornou uma pessoa vegetativa, sendo levada para a casa do tio pela parte da mãe.

O Grupo Silva passou a ser gerenciado pelo tio Ademir e tia Raquel, ou mais precisamente, sempre esteve nas mãos do tio Ademir.

Ao ver que Laura chamava o diretor diretamente pelo nome, a recepcionista ficou ainda mais nervosa, fazendo um gesto de convite a Laura e dizendo:

– Vou te levar até ele imediatamente, por aqui, por favor.

Quando Laura viu Ademir, ele estava em uma sala de reuniões, conduzindo uma sessão com os executivos.

Ademir havia assumido recentemente um grande projeto, e se o completasse, poderia transferir todos os ativos do Grupo Silva para uma empresa em seu nome.

Laura, com os braços cruzados e um olhar frio, bateu na porta.

Ademir, que estava falando com animação, foi interrompido abruptamente, e seu rosto escureceu na mesma hora. Mas ao olhar para Laura, ele se levantou bruscamente da cadeira, que arrastou no chão emitindo um ruído estridente, como um martelo pesado batendo rapidamente em seus nervos.

– Lavínia! – Ele exclamou.

A Lavínia que havia desaparecido há dez anos estava de volta, ela realmente não estava morta?!

Lavínia?!

As pessoas na sala de reuniões ficaram extremamente surpresas!

Não era ela a filhinha mais querida do Presidente Silva antes de sua morte?!

Laura observava a expressão surpresa de Ademir. Seus lábios vermelhos formando um sorriso frio enquanto ela entrava no escritório com seus saltos altos.

– Sou eu, tio, faz tempo que não nos vemos.

Laura era o nome que seu pai adotivo havia escolhido para ela. Lavínia Silva era seu verdadeiro nome.

Ademir olhou para Laura. Quando o acidente aconteceu dez anos atrás, ela já tinha quatorze anos. Agora, além de estar ainda mais bonita, não havia mudado nada.

Foi então que ele se lembrou que, dois dias atrás, o tio de Laura pela parte da mãe, Yuri Ferreira, havia o telefonado, dizendo que hoje uma pessoa especial visitaria a empresa e que ele deveria a receber bem.

Ele pensou que seria algum filho da família Ferreira, mas nunca imaginou que seria Lavínia!

– Lavínia, então você não morreu. Onde esteve nesses dez anos, por que não voltou? – Ademir rapidamente controlou suas emoções, segurando a mão de Laura de forma hipócrita e a puxando para perto de si, a observando de cima abaixo com uma falsa expressão de carinho. – Que bom, que bom, a nossa pequena Lavínia está sem nenhum arranhão e viva, isso realmente é uma grande notícia.

Laura observava calmamente o esforço dele em parecer atencioso, e disse com um sorriso irônico:

– É mesmo? Espero que seja uma ótima notícia para você.

– O que você está dizendo? Claro que é uma boa notícia para mim, você estar sã e salva é tudo o que importa. Você está com raiva do seu tio, achando que eu não a procurei todos esses anos? – Ademir parecia se sentir muito culpado. – Na verdade, eu e sua tia sempre estivemos procurando por você, mas nunca tivemos notícias, chegamos a pensar que você... E depois da morte do seu pai, eu tive que me esforçar para gerenciar a empresa e manter a família Silva. Lavínia, você não vai me culpar por isso, vai?

Laura sabia muito bem que Ademir estava mentindo, mas ela não desmascarou as mentiras dele.

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