- Se vocês fossem pessoas comuns, aprender artes marciais não faria diferença. Mas agora... É melhor que Michel aprenda alguma coisa para se proteger. - Bruno comentou, preocupado. Ele olhou para Aurora, seus olhos refletindo a ansiedade que sentia pela segurança do sobrinho.Bruno sempre gostou muito de Michel, seu sobrinho, e via nele um grande potencial. Ele já planejava treinar Michel quando ele ficasse mais velho, então apenas estava adiantando o processo.- É verdade, vamos fazer do jeito que você sugeriu. Obrigada, querido. - Aurora ficou sinceramente grata a Bruno por querer que Michel fosse bem-preparado tanto intelectualmente quanto fisicamente. Ela agradeceu com sinceridade, sua voz carregada de gratidão.Bruno, segurando Michel com um braço, usou a outra mão para dar um leve toque no nariz de Aurora e brincou com um tom leve: - Você só me chama de Bruno. Agora que vou contratar um mestre para Michel, você me chama de querido. Michel é mais importante para você do que eu, n
As duas pareciam ter acabado de voltar das compras, com Dalila segurando o braço da mãe de João e carregando várias sacolas nas mãos. - João, você vai sair? - Perguntou a Sra. Ferreira ao ver o filho, com um tom de preocupação e curiosidade. - Oi, mãe, Srta. Dalila. - João cumprimentou rapidamente, tentando esconder a pressa em sua voz. - Mãe, eu tenho uma urgência, não vou poder ficar com você e a Srta. Dalila agora. Vocês preferem esperar no meu escritório ou voltar para casa?- Que urgência é essa, João? - A Sra. Ferreira franziu a testa, claramente preocupada.- É uma coisa importante, mãe. - Respondeu João, tentando disfarçar o nervosismo. Ele sabia que não poderia revelar a verdadeira razão de sua pressa. Muitas pessoas achavam que ele estava interessado em Madalena, mas João sempre insistia que sua preocupação era genuína pelo bem-estar de Michel, embora poucos acreditassem nisso.- É coisa da empresa? - A Sra. Ferreira insistiu, seus olhos buscando a verdade nos olhos do filh
- Eu estive ocupada com os preparativos para o casamento. Em breve, estarei de licença de casamento. O Sr. João não pode ficar sem um assistente. - A secretária respondeu de maneira impecável, sem deixar margem para dúvidas. Dalila ficou sem palavras, olhando para a secretária com um misto de surpresa e respeito. Ela sabia que não poderia competir com uma resposta tão bem articulada.João, por sua vez, não sabia que, após sua saída, sua mãe e Dalila fariam tantas perguntas à secretária. Felizmente, a secretária respondeu de forma a não levantar suspeitas. Além disso, o incidente no zoológico não era algo que interessasse diretamente à Sra. Ferreira e Dalila, pois não as envolvia pessoalmente.João, dirigindo-se rapidamente para o Condomínio Rosa, sentia seu coração acelerar a cada quilômetro. A ansiedade em ver Michel e se certificar de que ele estava realmente bem o consumia. Ele precisava ver com seus próprios olhos que o menino estava seguro.Ao chegar ao Condomínio Rosa, João noto
A Sra. Erica tossiu algumas vezes, chamando a atenção de João. Quando ele olhou para ela, ela lembrou com gentileza: - João, o Michel não foi assustado pelos sequestradores, mas sim por você. Olhe, Michel está se debatendo para descer. - Sr. João, me solte. - Michel pediu de novo, com uma voz firme. Seu rostinho estava rígido, claramente irritado. A força de João era demasiada, e Michel não conseguia se soltar do abraço.João rapidamente colocou o garoto no chão e, agachando-se, segurou os ombros de Michel suavemente, dizendo com uma voz calma e reconfortante: - Michel, que bom que você está bem, que bom que está bem.Michel olhou para João com seus grandes olhos brilhantes. Ele conseguia perceber a verdadeira afeição de João. Não era apenas uma brincadeira, mas um carinho genuíno.Ele levantou a mãozinha, hesitante, tocando levemente a cicatriz no rosto de João, retirando a mão rapidamente, como se estivesse com medo. Quando viu que João não demonstrou dor, ele estendeu a mão novam
O clima de outubro na Cidade G era extremamente quente e somente nas manhãs e noites se podia sentir um pouco de frescor do final do outono.Depois de se levantar cedo e preparar o café da manhã para a família de sua irmã mais velha, Aurora Garcia pegou sua carteira de identidade e saiu em silêncio.- De agora em diante, temos que dividir as despesas igualmente. Sejam despesas diárias, empréstimo imobiliário ou financiamento de carro, devemos dividi-las justamente! A sua irmã está morando em nossa casa, então temos que pedir a ela que pague a metade também! De que adianta pagar mil reais por mês? Qual a diferença de comer e viver de graça? - Foi o que Aurora ouviu seu cunhado dizer na noite anterior durante a discussão com sua irmã.Ela tinha que se mudar da casa da sua irmã, Madalena Garcia.No entanto, só havia uma saída para tranquilizá-la, que era se casar.Aurora queria se casar em pouco tempo, mas sequer tinha um namorado, então teve que concordar com o pedido da vovó Erica, a ve
- Já que prometi, não vou recuar.Aurora também pensou nisso por alguns dias antes de tomar essa decisão. Agora que havia se decidido, não voltaria atrás.Ao ouvir isso, Bruno não a persuadiuinsistiu mais. Ele rapidamente pegou seus próprios documentos e os colocou na frente dos funcionários.Aurora fez o mesmo.O casamento dos dois foi concluído em menos de dez minutos.Quando Aurora recebeu a certidão de casamento dos funcionários, Bruno tirou do bolso da calça um molho de chaves que havia preparado anteriormente e o entregou a Aurora, dizendo: - A casa que eu comprei fica no Condomínio Rosa. Ouvi dizer da minhaA vovó disse que você abriu uma livraria em frente à Escola Secundária da Cidade G, que não fica longe da minha casa. São cerca de dez minutos de ônibus. Você tem carteira de motorista? Se tiver, posso ajudá-la a pagar a entrada de um carro e você só precisará pagar as prestações do carro todos os meses. Será mais conveniente para você ir e voltar do trabalho. – Bruno continu
- Vovó, não se preocupe. - Aurora estava simplesmente respondendo por gentileza.Embora a vovó Erica fosse muito boa para ela, Bruno era seu próprio neto e ela era apenas sua nora. Se houvesse realmente um conflito entre o casal, a família Alves iria ajudá-la?Aurora acreditava que não.Aurora lembrava de como os sogros de sua irmã eram gentis com ela antes do casamento, tão bons que até a própria filha deles ficava com ciúmes. No entanto, depois do casamento, eles mudaram de atitude em relação à sua irmã. Toda vez que ela e o marido tinham um conflito, a sogra a acusava de ser uma esposa ruim. Isso mostrava que as pessoas sempre favoreciamem seus próprios filhos em detrimento de suas noras.- Você tem que ir trabalhar, certo? NEntão não vou mais incomodá-la. Vou pedir ao Bruno para buscá-la mais tarde e vamos jantar juntos em casa hoje.- Vovó, fecho a loja tarde da noite e talvez não seja muito conveniente voltar para jantar. Pode ser no fim de semana?Os negócios dessa livraria depe
- Irmã, você mesma disse que a propriedade já pertencia a ele antes do casamento, e eu não paguei nada por ela. Como posso pedir a ele para colocar meu nome na certidão doe imóvel? Não fale mais sobre isso.Assim que receberam a certidão de casamento, Bruno deu a chave da casa para Aurora e ela pôde se mudar imediatamente, o que resolvia seu problema de moradia, e isso já era o suficiente.Ela não iria propor a Bruno que adicionasse seu nome à certidão doe imóvel, mas se ele tomasse a iniciativa de adicionar seu nome nela, ela não iria recusar, pois eles eram um casal determinados a viver juntos para sempre.Madalena também estava apenas fazendo um comentário casual, ela sabia bem que sua irmã não era ambiciosa e que sempre foi uma pessoa independente, então não continuou falando sobre oesse assunto.Após muitos questionamentos de Madalena, Aurora conseguiu convencê-la sobre a mudança.Enquanto sua irmã ainda estava sugerindo levá-la para Condomínio Rosa, seu sobrinho Michel acordou de