Sem Revisão
Senti braços acolhedores passando pelas minhas pernas e costa, envolvendo meu corpo no que parecia um abraço de consolo. Logo fui erguido para mais perto do corpo que me segurava e senti-o quando me tirou do chão. Me recusei a olhar seu rosto, eu ardia em vergonha e ainda sentia medo pela situação que me cercava. Pra mim, era tudo demais. Não o suficiente pra me fazer explodir com todos como Matt e sua paciência miserável, mas o bastante para me manter irritado o tempo inteiro. Eu podia sentir ondas enormes de energia percorrem meu corpo quando estávamos nos tocando, sempre, mesmo quando haviam centímetros para que nossos corpos se chocassem. Eu ainda tinha meu rosto afundado em seu peito e me recusava a olhar pra qualquer um, mesmo sabendo que detinha os olhares todos sobre mim e ele.
- Você está bem, Grimm? - A voz me pegou de surpresa, u
Sem RevisãoSe ele já me ignorava antes, agora eu não fazia questão alguma. As coisas entre nós estavam tão enroladas que a tensão ficava evidente toda vez que cruzávamos o caminho um do outro. Irena me disse que o que eu fiz naquela noite foi devido ao descontrole de ambas as partes, enquanto ele obedecia somente a fera, eu perdia completamente a concentração sobre nossa conexão. Descobri poder fazer muito mais com isso, sentia seus movimentos na minha mente e conforme eu ia descobrindo mais sobre, mais nossa ligação se mostrava concreta. Na manhã do em que ele quase avançou sem permissão, eu sentia o arrependimento nele, mas não iria perdoá-lo se ele não se expressasse. Eu também sentia sua atração física por algumas garotas, mas somente física. Irena concluiu sua frase dizendo que a atra&
Sem Revisão(ódio)Completamente fora de mim. Era como estava me sentindo, só não sabia se era por causa da bebida ou por causa do garoto que me beijava calmamente. Doce e terno, com pegadas macias e um calor gostoso sempre me aquecendo quando tocava seu peito. Minha visão estava muito prejudicada pra saber quem me beijava, mas talvez eu não estivesse ligando pra isso. Na minha cabeça, eu tinha certeza de quem estava me beijando e o deixaria continuar. Sua respiração ofegante batia no meu rosto e se espalhava no ar, seus braços me envolviam de um jeito tão acolhedor que me faziam querer dormir ali.Beijei cada lado de seu peitoral, enquanto ele ainda estava por cima de mim, me virei por cima em um movimento apressado e ele reclamou de dor quando as costas se chocaram no chão. Mais devagar, ele sussurrava de um jeito lento e soando incrivelmente sensual. Beijei seus lábios mais uma vez, com mais volúpia. Mordi seu lábio inferior e desci minha
Sem RevisãoEm que momento eu perdi completamente o controle da minha vida? Quando deixei que pusessem correntes sobre minhas vontades e me arrastassem quando bem entendessem pra longe de tudo? Tudo que eu mais me apegava. Minha família, meus amigos, minha realidade. Quando eu deixei que essa profecia me tornasse o que eu não sou de verdade? Se isso era uma bênção da lua então eu a renegava, espraguejava e amaldiçoava. Primeiro agindo de acordo com a vontade de lobos, agora de homens comuns. Sempre servindo seus desejos e seus caprichos inescrupulosos. Quando seria a minha vez?Estava sentado em uma imensa mesa de madeira, cercado de alguns guardas e pessoas as quais aparentavam importância. Eu estava com tanto ódio que não me ligava a nada. Não estava nem aí pra quem falava no minuto que passou ou no seguinte. Eu só pensava em uma coisa, eu tinha que fugir de tudo isso. Que Matt me levasse o mais longe possível e que nunca olhássemos pra tr
Sem RevisãoNo pequeno quarto onde eu era mantido prisioneiro, podia usar os poderes telepáticos sem limitações. Com o ciclo da lua completo, eu poderia ir muito além de imagens embassadas e flashes sem sentidos. Eu sentia Matt a todo instante, mas conforme meus poderes se fortaleciam, nossa conexão se limitava cada vez mais, raramente conseguia falar com ele, mesmo que breve, eu ainda ficava feliz em poder. Não fazia idéia do que acontecia na Aldeia ou na matilha, só sabia que faltavam menos de 3 dias pro casamento e eu ainda era mantido preso nesse minúsculo quarto.A porta fora aberta tirando minha concentração e me fazendo arregalar os olhos. Melídia, empurrada para o lado de dentro por um guarda que ficava em frente minha porta. Levantei rápido e tropeçando nos próprios pés e a abracei fortemente. Melídia estava eufórica, não fazia idéia do que estava acontecendo, mas estava feliz em me ver.- Meu Deus! Você some sem dei
Sem Revisão- Majestade, Lady Arvos deseja sua presença -A voz suave de uma das damas do castelo dizia na porta do meu quarto. Me levantei cuidadoso e agradeci a ela pelo recado. Quando entrei na cozinha, avistei sua presença ilustre e alguns demais convidados, levantando xícaras até suas bocas e bebericando. Ótimo, um chá da tarde com pessoas que me odeiam. Alguns fizeram reverência pra mim, mas não a Lady Arvos, manteve seu olhar duro sobre mim, porém suave e embora emanasse a energia de que me quisesse morto, transbordava uma falsa gentileza. Sentei, encarando suas xícaras e logo outra dama veio encher a minha.- Como está a estadia no palácio, majestade? - As palavras soadas de maneira soberba cortaram os ares e invadiram meus ouvidos.- Uma experiência única, eu diria.- Ainda mais pra algu&eac
Sem RevisãoSuspirava pesadamente, passando a mão pela região acertada pelo punho de Thomas, tocando com a ponta dos dedos a marca que ele deixou em mim, pequena, porém chamativa. Foram algumas horas de discussão até que ele me deixasse em paz por completo. Mas não consegui mantê-lo longe por muito tempo. Ele tinha uma necessidade estranha de esfregar na minha cara o quão certo tudo estava ocorrendo, e não se cansava de detalhar o que faria comigo após o fim da cerimônia e nem o que faria após essa noite. Medo? Um pouco, mais ódio, mais nervosismo. Se essa noite passasse, então ele teria tudo, tudo que sempre quis e de mão beijada à ele. Eu não podia deixar isso acontecer. Não me perdoaria.Fechei os olhos na frente do espelho marcado, regulei a respiração, me concentrei, não importa mais se iria doer, se iria arrancar uma parte de mim. Com certeza seria melhor do que passar a vida aqui, depois de não ter conseguido fazer nada. Eu o ouvi, el
Sem Revisão- Ela nunca me disse nada - Ainda segurava seu corpo sem vida nos braços, já mais calmo e finalmente conformado. O vento soprava pelas janelas quebradas e o sol já se mostrava pelo lado de fora. David estava sentado, Marcus lhe fazia um curativo, Alec estava coberto com um longo pano marrom e Matt permanecia em sua forma de lobo.- Você não podia saber...- Ela morreu por mim e a última coisa que eu fiz foi sentir raiva - Interrompi sua frase.- Ela sabia dos riscos...- Podíamos ter evitado tudo isso, por que não mataram ele lá quando era mais fácil? - Dizia meio irritado.- Como? A matilha inteira estaria contra nós, não teríamos nem chance - David interviu.Suspirei derrotado, poderia ter sido pior, mas eu nunca iria me perdoar pela vida dela ter sido perdida em troca da minha. Matt tocou meu ombro com o focinho atraindo minha atenção. Fechei os ol
Sem RevisãoEles eram apenas mensageiros, não fariam nada. Deixaram a mensagem e saíram sem esperar qualquer resposta nossa, obviamente já era sabido que iríamos recusar, eu iria recusar. Um silêncio ensurdecedor tomou conta do grande salão. Eu olhava pros garotos desanimados e eles me encaravam de volta com algo inexplicável no olhar. Medo, talvez. Exceto Marcus que passava a mão na cabeça desesperadamente.- O que vamos fazer? - David. Enruguei a testa.- Não é óbvio? Não vamos morrer.- Como vamos manter o castelo sob ameaça da matilha e do império? - Marcus expressou suas preocupações.- Eu não faço idéia...- Quando os aldeões souberem que você não governa mais... Eles já não aceitam porque acham que você é um bruxo - Continuou.- Podemos fugir - David mais uma vez.- Não vamos a lugar algum - Alec disse.- O que acham que vai