- As matilhas do leste? - Perguntei, quando um dos lobos da vigília dizia que os exércitos reais haviam se dividido pouco antes do ataque surpresa. O que eu mais temia acabara de acontecer. Iriam dizimar a aldeia e combater à nós ao mesmo tempo.
- Resistiram, mas o alfa deles ordenou que recuassem, irão reagrupar aqui, senhor - Disse com a voz trêmula. Havia nervosismo em todos ali presente.
- Isso foi apenas uma distração, enquanto eles passavam por nós, sem que percebêssemos - Etheus concluíra. Haviam marcas por seus ombros, junto a sangue.
- O que faremos agora? Estamos em menor número, perdemos muitos, não podemos proteger o Bosque, não podemos nos defender...
- Essa luta estava perdida antes mesmo de deixarmos a sua aldeia, garoto - Disse-me um dos líderes de matilha. O som de passos pesados por entr
Sem RevisãoDos dois lados das batalhas, eu assumia o controle. Era incrível a capacidade que eu tinha para manter o fôlego preso, e que durante isso, eu era incontrolável. Eu podia enxergar por qualquer ângulo em uma velocidade impressionante, mas me limitava a fazer somente o necessário pra não machucar Matt. Já era perceptível o som do exército a frente, o barulho do cavalgar dos cavalos, dos gritos de guerra. Tudo era em nível máximo, e isso me irritava mais ainda. A richa existente entre os humanos e as Criaturas Sombrias que vinha se alastrando por tanto tempo, teria um fim hoje. Eu daria um fim nisso. O mundo conheceria e aceitaria o meu reinado, ou então a guerra nunca acabaria. E isso não era negociável.Como as ondas do mar destruindo tudo em uma velocidade surpreendente, assim eram os lobos do Sul. Eu sabia exatamente o que estava fazendo quando fiz com que eles derrubassem os cavaleiros montados, quando os fiz destruírem suas car
Sem RevisãoAntes de acordar completamente. Meu subconsciente já estava ativo, me levando a conexão não proposital com os mais próximos a mim. Eles não sentiram que eu estava lá, mas eu reconhecia as vozes. Me desliguei da conexão, por medo do que poderia encontrar em imagens das lembranças ainda recentes de uma guerra que mesmo depois de ter acabado, eu estava tentando evitar, por hora.- John? - O som grave da voz rouca de quem tinha acabado de acordar fez com que eu me arrepiasse por inteiro. Alec estava aqui, segurando uma de minhas mãos no que parecia ser uma cabana... minha cabana afastada do resto da aldeia. Uma série de lembranças sobre aquele lugar inundaram meus pensamentos. Eu estava de volta.- Alec? - Ele sorriu antes de inclinar a cabeça sobre meu peito em um abraço desajeitado decido as nossas posições, Melídia também estava lá, sorrindo pra mim segurando algo em suas mãos.- Você apagou por 3 d
Esse é o livro mais longo que já escrevi, mas mesmo assim também é o mais rápido que concluo. São só 8 meses, o que pra mim é pouco K.Sinceramente, eu não sei como agradecer você que está aqui desde o início das postanges, sempre comentando e sempre me dando apoio, entendo que você deve estar chateado depois de tudo pra ter um final como esse kkk, mas decisões importantes devem ser tomadas e como todo bom livro, esse aqui também tem bônus bonitinhos pra deixar vocês felizes♡Ah, sabe aquele errinho chato que vive incomodando você em alguns capítulos? Ou aquele furinho no roteiro? Ele vai ser removido com a revisão que o livro vai sofrer durante algum período. E como de costume, eu não retiro meus livros da plataforma durante a revisão, então não se preocupem, mas fiquem atentos porque vai pintar novidades, além do conteúdo ser melhor explorado na nova revisão, como por exemplo as Criaturas Sombrias.É isso, gente, muito obrig
Jonathan GrimmEra sempre a mesma coisa na vila onde eu morava, ir pra escola da aldeia, sair antes do pôr do sol, voltar para casa, por um caminho abarrotado de neve, me fazendo afundar e quase deixar meus sapatos pra trás. Eu detestava, quem não detestaria? O pior era que o caminho pra minha casa era mais afastado do resto da vila, isso implicava em mim, caminhando sozinho por uns 10 minutos. Em uma vila que dizem ser atacada por lobos gigantes que em dias normais, se transformam em homens. Besteira.Um quebrar de galhos me puxou das minhas reclamações e me fez estreitar o olhar para ver se captava algo. Novamente o ruído de galhos quebrando fora ouvido, algo estava perto e meu medo era evidente. Eu não acreditava em lobos, mas acreditava em outros perigos que a neve trazia.Apressei os passos, retirando traços da neve do meu rosto, levantei a minha capa para poder ir depressa sem tropeçar, mas isso não evitou que
- Melídia... Você não vai acreditar no que aconteceu - Interceptei minha amiga no corredor na escola da aldeia. Ambos iríamos para nossa sala, onde aprenderíamos mais sobre a nossa linguagem, diferente do resto do continente. Em nossa aldeia, tínhamos vários ensinamentos que em outras escolas não tinham, desde matérias sobre os Costumes Locais a Criaturas Sombrias, isso afirmando que de fato existiam. O que eu não acreditava até ontem.- Alec convidou você para o Baile de Neve? - Ela perguntou levantando a sua veste para mudar de direção. Alec era o garoto que eu gostava desde o 8 ano em que estudávamos juntos. Neguei com a cabeça.- Eu vi um lobo - Ela parou de andar, me encarou e sorriu brevemente incrédula.- Impossível - Disse me analisando de cima a baixo, conferindo se faltava algo de mim ou se haveria marcas de mordidas, compreensível, encontrar uma criatura sombria e sair ileso.- Eu o vi, quando volta
- Uma lenda antiga dizia que os lobos que vagam por aí, estão a procura de sua alma gêmea - Alguns garotos riram fazendo brincadeiras com a declaração do professor. Ele que segurava o mesmo livro do resto dos anos anteriores, porém, nunca tinha tocado nessa parte. O que despertou meu interesse.- Isso não quer dizer que eles deixam de ser perigosos. A lenda também afirmava que, aqueles cujo a alma estavam interligadas a do lobo, poderiam ouvir os pensamentos do mesmo, quase como se fosse outra pessoa falando ao seu lado - Pulei da cadeira quando o professor finalizou sua explicação sobre as Criaturas Sombrias, olhei de soslaio para Melídia que estava entretida em seu livro com as figuras da mesma. Do outro canto da sala, Matt me jogou uma bolinha de papel, somente para chamar minha atenção. Abri o papel para ler o que havia e não tinha nada. Esmaguei o papel de volta e deixei em minha mesa.Ao fim da aula, quando todos seguiam rumo a fora, e
Acordei ao pé da escada da porta da minha casa, meio zonzo, me levantei atordoado olhando para todos os lados e fazendo barulho ao encostar nas tábuas da minha parede. Olhei pra floresta e para os arbustos, para o caminho abarrotado de neve e para o lago congelado na parte do lado da minha casa.- O que houve? - Minha mãe escancarou a porta, provavelmente por causa do barulho.- Eu acho que estou ficando louco - Disse-lhe. Ela me mandou entrar, não antes sem perguntar onde minha capa estava e só então eu me toquei de que estava sem ela.- Eu não sei...Eu - Respondi entrando em casa, buscando o conforto e o calor da minha cama. Tremendo. Por sorte, minha mãe não notou as marcas de garras em meus braços.Por que ele não me devorou? Como eu cheguei aqui?Estava tão flutu
Antes de Mike deixar Melídia em sua casa, enrolaram por tempo suficiente pra fazer todos, inclusive a mim, perder a paciência. Quando deram o beijo de despedia, suspiramos aliviados. Todos encararam Mike e ele soltou um "que foi?" Engraçado.Estávamos perto da casa de Alec e passando pela porta da casa de Matt, não evitei olhar para os detalhes internos e como estava diferente da última vez que a vi. Matt reparou meu olhar.- Saudades? - Sorriu convencido, seria um sorriso lindo, se não fosse dele. O ignorei andando mais de pressa acompanhando os outros.Matt poderia ser um insuportável, mas tinha sua beleza invejável. Ao chegarem na porta da casa de Alec, Mike foi o escolhido para bater. A mãe de Alec saiu, uma senhora bem vestida e da classe de burgueses do Bosque. Estranhou a presença de tantos jovens.- Sim?- Olá, senhora Williams, eu sou o Mike, amigo de seu filho