Luiza sentiu vontade de rir e disse suavemente:- Essa situação deve servir de alerta para você não agir de forma inapropriada no futuro.- Como assim agir de forma inapropriada? Eu só queria te convidar para ver a lua no topo da montanha, isso é tentar te conquistar.- Se você me convidar para ver a lua e eu não quiser ir, e você respeitar isso, é uma perseguição normal. Mas se eu não quiser ir e você me forçar, isso é sequestro. - Luiza o corrigiu sem mudar a expressão.Embora ela tivesse retirado a acusação, ainda acreditava que José estava errado naquela noite, especialmente porque ela tinha bebido um pouco e poderia ter acontecido algo pior.José não soube o que responder. Olhou para ela e sorriu:- Você tem resposta para tudo.- Estou apenas dizendo a verdade. - Disse Luiza, e saiu andando.O rosto de José mudou um pouco.- Luiza, para onde você vai?- Já que é o Sr. José, suponho que não tenha vindo falar de negócios. Se for só para bater papo, sinto muito, mas estou ocupada.Es
José olhou para si mesmo no espelho, bastante satisfeito, acenando com a cabeça.- Dizem que o que um designer vende é o design, e isso é verdade. Esta roupa está boa, eu vou levar.- A barra da calça parece um pouco longa, quer que eu faça uma alteração? - Perguntou Luiza.- Tem esse serviço?- Claro, qualquer roupa comprada aqui, se o tamanho não estiver certo, nós ajustamos. Há uma sala de costura no andar de cima.José olhou para a barra da calça no espelho, estava realmente um pouco longa. Ele acenou com a cabeça.- Certo, pode ajustar para mim.- Claro.Luiza pegou uma fita métrica, se ajoelhou para medir a barra da calça de José, o que deu a José a oportunidade de observá-la.Ele olhou para ela de cima a baixo. Luiza tinha uma pele extremamente branca, vestia um elegante vestido de chiffon, com um corpo bem curvilíneo, parecia muito bonita e encantadora.- Luiza, você é realmente bonita. - José de repente disse.Luiza ficou um pouco surpresa, já havia medido o tamanho, se afasto
- Dr. Alice, aqui é o provador masculino, vou levá-la para ver o provador feminino.Alice acenou com a cabeça.- Muito obrigada.Luiza a conduziu até o provador, passando pelo saguão. José havia terminado de pagar e estava saindo. Ele acenou com o recibo na mão e disse:- Luiza, já paguei. Mande entregar a calça assim que estiver ajustada.- Certo. - Luiza respondeu educadamente e levou Alice para o provador.- Dr. Alice, este é o provador feminino. São todas peças prontas. Pode ver se gosta de algum estilo.- Ok, vou dar uma olhada. - Alice começou a andar pelo local e, talvez de propósito, perguntou de repente. - Srta. Luiza, você sempre faz negócios desse jeito?- O quê? - Luiza não entendeu.- Tão bonita, falando suavemente, se ajoelhando para medir a barra da calça dos homens... - As palavras de Alice foram deixadas no ar.O sorriso de Luiza congelou.Ela sentiu que Alice estava zombando dela, mas era difícil confrontá-la diretamente, então respondeu:- Cada ateliê oferece serviço
Luiza disse:- Não vamos falar sobre isso, estou com fome. Tem algo para comer?Não queria ouvir essas palavras, eram muito melosas.Miguel deu um sorriso resignado:- Deixei sopa de frutos do mar e legumes para você.- Estou com fome mesmo. - Luiza colocou a bolsa de lado e se sentou ao lado dele.Miguel viu que ela estava bem relaxada e sorriu, pegando a marmita e colocando ela na frente dela, observando ela comer.Luiza ficou desconfortável com o olhar dele, então abaixou a cabeça e começou a comer.- Você vai acabar com a cabeça dentro da marmita. - Miguel disse, apoiando o queixo nas mãos e olhando para ela.Luiza disse:- Pare de me olhar.- Por que não posso olhar?- Por que você fica olhando as pessoas comerem? - Isso a deixava muito desconfortável.Miguel riu:- Você é bonita, eu quero olhar para você.Luiza sentiu um arrepio no coração e olhou para ele:- Por que você está tão meloso agora?- Antes eu escondia muito meus sentimentos, o que causava muitos mal-entendidos. Daqui
Miguel estava com um olhar sombrio.Ela parou de olhar, fechou a porta do carro e se sentou em silêncio.No final, foi Eduardo quem a levou de volta.Depois do banho, Luiza se encostou à beira da cama e olhou para a vista noturna.O vento noturno estava um pouco frio.Ela estava um pouco melancólica, indecisa sobre voltar ou não."Os assuntos do papai podem ser escondidos do Sr. Souza e da Helena, mas por quanto tempo?"Ela não tinha essa confiança, achando que se algum dia a verdade viesse à tona, o Sr. Souza e a Helena não conseguiriam aceitá-la sem ressentimentos.Essa situação era muito difícil......No dia seguinte, Luiza estava ocupada no escritório.Olívia subiu e disse:- Chefe, tem uma mulher lá embaixo que diz ser namorada do Sr. José e quer pegar as roupas dele.- Se ela tem o comprovante, entregue a ela. - Luiza respondeu, segurando uma xícara de café enquanto escolhia tecidos.Olívia fez uma careta e disse:- Ela não tem o comprovante. Eu disse a ela que sem comprovante n
- Senhora, o senhor voltou para casa.- Verdade? - Luiza estava desenhando quando ouviu isso. Seus olhos brilharam, e ela abriu as cortinas à sua frente.Um carro de luxo entrou na mansão. Ela olhou para fora. O homem estava sentado no carro, com um rosto profundo e olhos estreitos, emanando uma dignidade majestosa em cada gesto."É mesmo ele, é o Senhor!"O coração de Luiza começou a bater forte.Especialmente ao pensar no que ele fazia toda vez que voltava, suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas.Cada beijo era tão apaixonado e intenso.Ela se sentia nervosa e envergonhada.Nesse momento, a porta do quarto se abriu, e um homem elegante entrou.Luiza olhou para ele, sorrindo: - Senhor.- Venha aqui. - O homem, com mãos bem definidas, desfez a gravata.Luiza, envergonhada, caminhou em sua direção.No segundo seguinte, foi puxada para seus braços e beijada intensamente.Luiza murmurou duas vezes antes de se entregar completamente, sendo levada para a cama e ardentemente dominada
Luiza sentia uma amargura no coração.Ao pegar roupas escuras no vestiário, voltou para o quarto e o ouviu atendendo uma ligação.- Não tenha medo, deixe a Nicole cuidar de você, estarei aí em breve. - Disse Miguel ao telefone, com uma ternura que ela nunca tinha ouvido antes.Luiza parou por um momento, e a doçura em seu coração subitamente desapareceu.- Senhor. - Perguntando com cautela. - De quem é a ligação?Miguel a olhou.Sua estatura, de quase um metro e noventa, era intimidadora. Ele respondeu friamente: - Não é ninguém.- É uma mulher?- Não é da sua conta. - Disse ele, antes de pegar as roupas dela e vesti-las.Normalmente, era ela quem o vestia.Será que um homem, ao se apaixonar por outra, começaria a rejeitar a própria esposa?O estômago de Luiza começou a se contrair novamente.Parecia mesmo ser uma doença estomacal.Ela sentia desconforto e dor.Miguel se vestiu e partiu.Luiza sentiu um senso de crise. A intuição feminina era sempre precisa.Ela correu até a porta e
Luiza subitamente se lembrou das palavras proferidas pelo amigo do seu Senhor. Este havia comentado: "Miguel carrega no coração uma mulher que conheceu nas Américas, ele a tem guardado em seu coração por muitos anos, e ela se assemelha muito a você."Naquela época, Luiza não se convenceu, pensando que essa mulher era apenas uma lembrança do passado e certamente inferior a ela.Hoje, como se despertasse de um sonho, ao ver o Senhor tratando essa mulher com tanta gentileza, sentiu seu coração ser perfurado por uma adaga, doendo a ponto de suas entranhas se retorcerem.No ambiente ruidoso, Miguel estava prestes a acompanhar a mulher para fora, quando avistou Luiza, acompanhada por Lívia. Ele franziu levemente a testa.A mulher perguntou com suavidade:- Miguel, você a conhece?- Sim, ela é minha esposa, Luiza. - Respondeu Miguel, com um tom frio. - Clara, vá para o carro, já estou a caminho.Clara Freitas assentiu obedientemente e, antes de ir embora, lançou um olhar para Luiza.Seus ol