Não esperava que ela fosse uma mulher tão cruel. Miguel fez uma pausa, assentiu com a cabeça, tomou um gole de água e perguntou calmamente: - É suficiente para a pena de morte? - Métodos tão cruéis de cometer crimes, a pena de morte é praticamente certa. - Deixe o tribunal julgar o mais rápido possível. - Miguel ordenou. - Sim. - Eduardo terminou de falar e saiu. Quando Eduardo saiu, Miguel moveu a cadeira de rodas até a cama, olhou para o rosto pálido de Luiza com ternura e cobriu ela com o cobertor. Luiza abriu os olhos de repente. Miguel hesitou. - Você acordou? - Sim. - Luiza perguntou deitada. - Vocês estavam falando sobre a Nanda? Miguel assentiu.- Já encontraram pistas na América, ela realmente matou alguém, agora temos testemunhas e evidências. - Testemunhas? - Sim, a Jéssica já acordou. - Quando ela acordou? - Luiza ficou surpresa, por que ninguém lhe contou? - Na noite retrasada, eu não te contei porque não queria que você se preocupasse. Mas mand
- Quem é essa? - Alice perguntou.Miguel olhou para Luiza, que estava comendo repolho roxo, e parou os talheres ao ouvir a pergunta.- Ela é minha esposa. - Miguel sorriu.Alice ficou pálida.- Esposa? Miguel, você não se divorciou há meio ano?- Estamos quase reconciliados. - Miguel respondeu gentilmente.Neste momento, Helena finalmente se recuperou e se aproximou para olhar para Luiza, perguntando:- Quase reconciliados? Miguel, por que eu não sabia disso?Miguel respondeu friamente:- Pensei em me reconciliar primeiro, depois trazer a Luiza para casa para falar com você e o avô.- Sério? - Helena tinha uma expressão complexa, ela olhou para Alice com culpa. Havia poucos dias que ela tinha prometido à Sra. Nunes que deixaria Alice tentar sair com Miguel.Mas agora, Miguel estava prestes a se reconciliar com Luiza.Ao ouvir isso, Alice ficou visivelmente abalada.Miguel parecia saber o que elas estavam pensando e disse, olhando para sua mãe:- Depois de tanto tempo separado de Luiza,
No quarto do hospital.- Por que você disse aquelas palavras antes? - Luiza retirou sua mão das mãos de Miguel.Miguel não deixou, segurando ela ainda mais forte, franzindo a testa e disse:- Não é verdade? Estamos de fato em processo de reconciliação, pensando em nos casar novamente.Luiza suspirou profundamente, olhando para Miguel.- Você realmente acha que podemos ficar juntos?Miguel não disse nada.O rosto de Luiza estava amargo, e finalmente não pôde evitar dizer:- Nossos pais passaram por aquelas coisas, como poderíamos ficar juntos? Você pode nunca me culpar? Nunca me odiar? Pensando no que aconteceu com seu pai, você pode não se sentir culpado por ele? Quando você ver sua mãe e seu avô, você pode não se sentir culpado por eles?Luiza fez uma série de perguntas, essas razões eram as que impediam que ficassem juntos.Miguel olhou para ela, Luiza sabia que ele não tinha resposta.A situação entre eles era muito complexa, complexa demais para ser resolvida de qualquer maneira.E
E assim, durante mais de cem dias e noites, ele ficou doente de saudades.- Você talvez nem saiba, no dia em que saiu da prisão, eu fiquei tão feliz. Para esperar por esse dia, comecei a me preparar um mês antes, querendo estar na melhor forma possível para te encontrar. Mas quando fui ansioso para a prisão, vi você entrando no carro do Theo. - Miguel disse, desanimado. - Naquele momento, senti meu coração se despedaçar. Mas eu sabia ainda mais claramente que não poderia aceitar você com outra pessoa, Luiza. Eu não consigo te deixar ir...Ele a olhou, seus olhos eram de dor e profundidade.O coração de Luiza estava cheio de sentimentos conflitantes, e ela abaixou os olhos.- Volte para mim? - Miguel a abraçou apertado, seus olhos eram profundos e indecifráveis. - Vamos apenas não falar sobre isso, ninguém saberá.O assunto de Zeca já tinha sido resolvido, todos que mereciam punição estavam mortos.Bryan se tornou um vegetal, todas as inimizades deveriam se dissipar.Miguel já tinha vin
Luiza estava pegando água quente do lado de fora quando recebeu uma ligação de sua assistente Olívia.Olívia disse:- Chefe, onde você está? Temos um grande cliente na empresa que pediu especificamente para você desenhar uma roupa para ele.Luiza pensou um pouco e respondeu:- Eu volto daqui a pouco.- Certo. - Olívia desligou o telefone.Luiza segurava a chaleira e voltava. Ao chegar à porta do quarto do hospital, ouviu Yago falando:- Miguel, seu ferimento está cicatrizando bem, sem infecção. Se sentir dor hoje, chame a enfermeira para dar um analgésico.- Certo.Ouvindo isso, Luiza ficou aliviada e entrou no quarto.Assim que entrou, Miguel a viu e sorriu para ela.Vendo Miguel sorrir, Yago entendeu o motivo e disse de propósito:- Mas quando voltar para casa, você ainda precisará de alguém para trocar seus curativos. Vai demorar pelo menos duas semanas para o ferimento cicatrizar completamente.- A Luiza vai cuidar de mim. - Miguel disse olhando para Luiza.Yago virou a cabeça e vi
- Senhora, o senhor voltou para casa.- Verdade? - Luiza estava desenhando quando ouviu isso. Seus olhos brilharam, e ela abriu as cortinas à sua frente.Um carro de luxo entrou na mansão. Ela olhou para fora. O homem estava sentado no carro, com um rosto profundo e olhos estreitos, emanando uma dignidade majestosa em cada gesto."É mesmo ele, é o Senhor!"O coração de Luiza começou a bater forte.Especialmente ao pensar no que ele fazia toda vez que voltava, suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas.Cada beijo era tão apaixonado e intenso.Ela se sentia nervosa e envergonhada.Nesse momento, a porta do quarto se abriu, e um homem elegante entrou.Luiza olhou para ele, sorrindo: - Senhor.- Venha aqui. - O homem, com mãos bem definidas, desfez a gravata.Luiza, envergonhada, caminhou em sua direção.No segundo seguinte, foi puxada para seus braços e beijada intensamente.Luiza murmurou duas vezes antes de se entregar completamente, sendo levada para a cama e ardentemente dominada
Luiza sentia uma amargura no coração.Ao pegar roupas escuras no vestiário, voltou para o quarto e o ouviu atendendo uma ligação.- Não tenha medo, deixe a Nicole cuidar de você, estarei aí em breve. - Disse Miguel ao telefone, com uma ternura que ela nunca tinha ouvido antes.Luiza parou por um momento, e a doçura em seu coração subitamente desapareceu.- Senhor. - Perguntando com cautela. - De quem é a ligação?Miguel a olhou.Sua estatura, de quase um metro e noventa, era intimidadora. Ele respondeu friamente: - Não é ninguém.- É uma mulher?- Não é da sua conta. - Disse ele, antes de pegar as roupas dela e vesti-las.Normalmente, era ela quem o vestia.Será que um homem, ao se apaixonar por outra, começaria a rejeitar a própria esposa?O estômago de Luiza começou a se contrair novamente.Parecia mesmo ser uma doença estomacal.Ela sentia desconforto e dor.Miguel se vestiu e partiu.Luiza sentiu um senso de crise. A intuição feminina era sempre precisa.Ela correu até a porta e
Luiza subitamente se lembrou das palavras proferidas pelo amigo do seu Senhor. Este havia comentado: "Miguel carrega no coração uma mulher que conheceu nas Américas, ele a tem guardado em seu coração por muitos anos, e ela se assemelha muito a você."Naquela época, Luiza não se convenceu, pensando que essa mulher era apenas uma lembrança do passado e certamente inferior a ela.Hoje, como se despertasse de um sonho, ao ver o Senhor tratando essa mulher com tanta gentileza, sentiu seu coração ser perfurado por uma adaga, doendo a ponto de suas entranhas se retorcerem.No ambiente ruidoso, Miguel estava prestes a acompanhar a mulher para fora, quando avistou Luiza, acompanhada por Lívia. Ele franziu levemente a testa.A mulher perguntou com suavidade:- Miguel, você a conhece?- Sim, ela é minha esposa, Luiza. - Respondeu Miguel, com um tom frio. - Clara, vá para o carro, já estou a caminho.Clara Freitas assentiu obedientemente e, antes de ir embora, lançou um olhar para Luiza.Seus ol