Assim que as crianças saíram, Stella voltou seu olhar para Virgínia.Virgínia havia entrado no Centro de Reabilitação do Hospital Grupo Wellfresh há apenas alguns anos e nunca havia encontrado Stella pessoalmente, então essa era a primeira vez que se viam formalmente.No final do verão, Stella usava um vestido azul claro, sua figura esbelta transmitindo uma sensação de inteligência e elegância.Mulheres sempre fazem comparações, e Virgínia observou atentamente Stella, sentindo-se um tanto desconfortável. Como uma mulher que havia dado à luz dois filhos, Stella era excessivamente bonita e esbelta! Ela exalava uma aura de requinte e beleza.O desconforto de Virgínia refletiu em sua expressão facial, e ela estendeu a mão em direção a Stella, dizendo com intenção: - Sra. Soares, olá, sou Virgínia, a enfermeira particular do Sr. Matheus. Atualmente, moro na mansão.Essas palavras tinham um tom provocativo.Stella estendeu a mão, sorrindo levemente: - Pode me chamar de Sra. Stella, sou a e

Matheus passou meia hora com as crianças e ligou para uma empregada.A empregada bateu na porta e, vendo Kyle e Gabriel adormecidos, perguntou suavemente: - Eles estão dormindo?Matheus olhou para eles, com ternura nos olhos.Depois de um momento, ele disse suavemente: - Fique aqui e cuide deles.A empregada respondeu prontamente: - Senhor, você pode ir cuidar das suas próprias coisas. Eu cuido deles aqui.Matheus ficou levemente hesitante, empurrou sua cadeira de rodas e foi para fora do quarto, mas não encontrou Stella em lugar nenhum. Por fim, ele a encontrou na sala de estar.Ela estava encostada na janela, falando ao telefone.A luz da tarde passava pelo vidro e envolvia Stella, tornando sua pele ainda mais pálida e delicada. Ela estava conversando com alguém de maneira descontraída e alegre.Isso fez Matheus lembrar que, quando ela partiu, costumava conversar alegremente com alguém também. Naquela época, seu interlocutor era Haroldo.Agora, era Carlos...Na verdade, Stella est

Depois de trocarem algumas mensagens, Stella acabou adormecendo. Quando acordou, já era tarde da noite, e havia uma dezena de mensagens não lidas em seu celular, todas enviadas por Matheus.Na calada da noite, ela olhou silenciosamente, sem responder novamente.Mais tarde, ela se levantou para cuidar dos filhos.Ela não vivia com Matheus, eles estavam distantes e próximos ao mesmo tempo. Mas ninguém mais sabia que poder viver na mesma cidade como eles era algo valioso.Os altos e baixos do passado estavam sendo reparados.Depois, eles mantinham contato com frequência, como o casal divorciado mais compatível do mundo, criando os filhos juntos e discutindo sobre o crescimento deles...Kyle tinha seis anos e era hora de ir para o jardim de infância.- Matheus, você tem muitos contatos em Cidade B, então deixe a questão da escola para a Kyle com você. - Disse Stella.Matheus concordou e começou a procurar uma escola para a filha.Às vezes, Stella ligava para Matheus e era Virgínia quem ate

Galvão olhou para fora e depois fechou a porta. Ele não entrou, apenas ficou ao lado da porta e perguntou baixinho: - Vocês ainda estão brigando? Tantos anos já se passaram! Ele terminou de falar e sorriu.Ele também já gostou muito da Stella, mas quando foi que ele desistiu dela? Não foi depois de descobrir que era tio de Matheus, foi quando Matheus estava deitado naquela mesa de operação, que ele soube que essas duas pessoas jamais se separariam nesta vida.Mas ele ainda tratava Stella com carinho.Ele sabia que ela estava sofrendo, então puxou a cadeira do outro lado e se sentou, perguntando seriamente: - Precisa conversar comigo?Stella balançou a cabeça e sorriu levemente: - Eu cresci, consigo lidar com algumas emoções negativas sozinha... Galvão, realmente, não estou triste. Viver na mesma cidade que o Matheus, como agora, é bom para mim.Galvão riu junto. Eles conversaram um pouco sobre assuntos do laboratório antes de Stella sair. Quando ela entrou no carro, recebeu uma lig

Stella não queria que ele visse, desviou o olhar e disse com voz rouca: - Está tudo bem!Ela hesitou por um momento e continuou: - Peça à babá para trazer as crianças, então eu não subirei.Matheus não se moveu. Sob a suave luz da lua, seus olhos azuis a observavam atentamente, não perdendo nenhuma expressão. Ele até foi direto em suas palavras: - Você está chorando?- Eu não estou! - Stella não aguentou o olhar penetrante, então saiu do carro com determinação. - Eu mesma vou chamar as crianças.Antes que seus pés tocassem o chão, seu pulso fino foi agarrado por um homem.Matheus segurou-a e, sob a luz da lua, olhou para a bela e sensual roupa que ela vestia, e para as leves marcas vermelhas em seu pulso...Ele a puxou suavemente para seus braços.O corpo de Stella tremia levemente.Eles estavam muito próximos, muito próximos. Matheus acariciou suavemente sua pele macia e limpou gentilmente suas lágrimas. Sua voz era misteriosa quando perguntou: - Você está tremendo assim por causa