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Capítulo 2 A Sobrecarga de informações

Ela estava prestes a pegar o celular para ver quem havia enviado a mensagem, quando Vitor voltou ao quarto, rapidamente pegou o celular, deu uma olhada e disse a ela, que estava atônita:

- É uma mensagem da Joyce!

- O que foi? Tem medo que eu descubra algo? - Ela perguntou com suspeita, olhando para ele, se sentindo inquieta e ansiosa por dentro.

A mensagem continha apenas uma frase: "Ela descobriu?"

Mas a informação era demais, claramente indicando medo de ela descobrir algo. Havia também um indescritível ar de ambiguidade.

Ela olhou para Vitor, seu sexto sentido feminino aumentando e o mau pressentimento crescendo.

Vitor sorriu, colocou o telefone de volta no armário e a puxou para seus braços, beijando seus lábios:

- Você está pensando demais! Não é sobre você, é sobre minha mãe! Ela está usando a mim para enganar minha mãe por dinheiro!

Joyce era a irmã dele, Joyce Barreto, frágil desde a infância, sempre mimada e arrogante. Como uma jovem dama de uma família rica, aos vinte e poucos anos, não tinha uma ocupação séria e não frequentava a escola regularmente. Sua vida era cheia de lazer e diversão.

Ela disse, sem entusiasmo:

- Enganar sua mãe por dinheiro, mas o dinheiro de sua mãe é de quem?

Ele riu, a levantou nua em seus braços e, enquanto a beijava, caminhou em direção ao banheiro:

- Sim, sim, sim, é tudo dinheiro da minha esposa! Quem me dera ter uma esposa tão compreensiva e razoável!

Ela adorava ouvir essas palavras. Durante todos esses anos, ela nunca foi mesquinha com a família dele. Ela sempre acreditou que uma família unida trazia prosperidade e que era preciso tratar os familiares com sinceridade.

Eles tomaram banho juntos, fazendo ela se sentir extremamente feliz, dissipando suas dúvidas e ressentimentos.

À noite, deitada em seus braços, ela voltou a falar sobre a compra de uma casa, algo que se tornou uma preocupação constante para ela.

Desde que se casaram, eles moravam em um pequeno apartamento de apenas 45 metros quadrados. Ela não se importava com o tamanho, mas não queria que sua filha ficasse em desvantagem desde o início.

A filha estava prestes a começar a escola e não havia boas escolas na área onde moravam.

Na verdade, eles já haviam economizado o suficiente para uma casa há alguns anos, mas Vitor sempre dizia que não havia pressa. A Cidade J estava se desenvolvendo rapidamente e era necessário encontrar um bom local para se estabelecer de uma vez por todas, evitando mudanças constantes.

Hoje à noite ela mencionou novamente, desta vez ele não contestou, acariciou seu ombro, beijou sua testa e disse:

- Tudo bem, vou prestar atenção. Se eu encontrar uma casa adequada, te levo para ver, e você decide!

Ela ficou muito satisfeita com essa resposta, adormecendo docemente sonhando com uma linda e grande casa.

Na manhã seguinte.

Após levar a filha para a creche, recebeu uma ligação de sua melhor amiga, Eunice Correia, pedindo para se encontrarem no local de sempre.

Ela concordou prontamente e pegou um táxi para o local combinado.

Eunice era sua única amiga íntima na Cidade J, com quem compartilhava tudo. Mas era raro ela chamar tão cedo, sendo uma pessoa tão ocupada, agente de uma empresa de mídia e entretenimento.

Ao entrar na confeitaria favorita delas, ela viu Eunice sentada em um canto, com um laptop à sua frente, suas mãos pálidas digitando sem parar. Um raio de sol da manhã a iluminava, criando uma imagem tranquila e bela.

Ao ver ela entrar, Eunice acenou.

Ela se apressou em se juntar, brincando:

- Por que você está tão livre hoje, me chamando logo cedo?

Eunice revirou os olhos e a olhou.

- Não posso me preocupar com você?

- Haha, claro que pode! - Ela se sentou e, sem cerimônia, pegou o café que Eunice havia pedido para ela e deu um gole. - Mas você não está sempre ocupada? Eu sou a desocupada aqui!

- Ainda tem a coragem de dizer, estou vendo que o Vitor está te mimando demais. Não fique muito à vontade, isso te deixa tonta! - Ela disse com um olhar intencionado.

Por algum motivo, aquelas palavras fizeram seu coração disparar. Ela olhou para Eunice e perguntou casualmente:

- O que você quer dizer? Está insinuando algo?

Eunice baixou os olhos para a tela do computador, como se tentasse disfarçar algo.

- Não é nada, só queria te provocar um pouco! - Depois, ela olhou rapidamente para ela e disse. - Eu vi o Vitor anteontem!

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