Enquanto Nicholas chamava Lilliana para sair, eu fiquei atrás da multidão de garotas que assistiam, com o coração no chão. Eu não tinha o direito de ficar chateada. Eu sabia. Eu havia desistido do direito de ficar chateada há muito tempo. No entanto, não pude negar o sentimento. Primeiro, Nicholas devolveu o presente feito à mão que fiz para ele e agora estava convidando outra garota para um encontro. De acordo com as regras da competição, os encontros só deveriam ser concedidos depois que uma garota tivesse um bom desempenho em um dos eventos. É claro que, pelo que ouvi, as regras também determinavam que um príncipe poderia convidar qualquer garota para sair a qualquer momento, então imaginei que tal coisa não fosse inédita. Mas ter sido Nicholas quem pediu o primeiro encontro parecia a pílula mais difícil de engolir. Entendi que as candidatas foram convidadas aqui ao palácio para namorar os príncipes. Em breve, Nicholas escolheria alguém para casar-se. Ele já havia deixado be

Hoje era o dia do encontro de Nicholas e eu estava tentando ao máximo não pensar nisso. Desde que recebi a carta ameaçadora de Joseph, eu me escondia em meu quarto o máximo que podia para evitá-lo e aos guardas malvados. Com o Primeiro Baile a aproximar-se rapidamente, usei o tempo extra no meu quarto para ajudar as minhas criadas a trabalhar nos vestidos de Elva e nos meus. O vestido tinha que ser perfeito. A ordem de apresentação das meninas no baile seria determinada pelas preferências dos príncipes em relação aos vestidos. Terminados os vestidos, seriam tiradas fotos deles e entregues aos príncipes, que então selecionariam seus favoritos. Esses favoritos seriam os primeiros apresentados no baile e, portanto, teriam mais tempo com os príncipes. E com as câmeras. Um componente importante do Jogo da Escolha da Luna era ganhar o favor do público. Eu tinha uma pequena vantagem com as pessoas comuns, sendo eu mesmo uma delas. Mas pessoas como Lena e Joseph existiam em todas as aula

Todo o meu coração se despedaçou. “Não, não, isso não é verdade. O príncipe Nicholas gosta muito de você.” Elva se afastou para olhar para mim com olhos grandes e lacrimejantes. “Mas ela disse que Nick-lass está bravo comigo. Ela disse que eu sou travessa.” "Não podemos ouvi-la, ok?" Ela segurou o rosto com minhas mãos e enxugou as lágrimas. As novas continuaram caindo. Minha raiva por Lena se renovou, e eu meio que queria persegui-la pelo corredor para lhe dizer o que penso. Ninguém faz minha garotinha chorar assim! “Ela é apenas uma senhora má que não sabe do que está falando. Nicholas gosta de você. Ele não está bravo. Ele acenou para você, não foi?” As palavras pareceram aplacar um pouco Elva. Suas lágrimas diminuíram, embora seu soluço permanecesse. Suas sobrancelhas franziram como se ela estivesse pensando nisso. “Ele acenou…” "Porque ele gosta de você." "…OK." Sua voz era pequena. Não parecia que eu a tivesse convencido totalmente, mas duvidava que pudesse dizer algo qu

Nathan acenou para Elva e eu avançarmos, perto da beirada da escada da frente. “Agora apresentando”, disse Nathan. “Piper e sua filha Elva.” Os aplausos educados cessaram abruptamente. Em seu lugar, sussurros e murmúrios irromperam na sala. “Mamãe?” “Está tudo bem, querida. Apenas lembre-se, você é uma princesa.” Elva assentiu. Ela ergueu o queixo, escondendo a forma como o lábio inferior tremia. Segurando firmemente a mão uma da outra, começamos a descer a escada. Havia muitos rostos desconhecidos na multidão. Em vez disso, olhei para a família real. Julian me deu um sinal de positivo, o que me deixou um pouco à vontade. Então eu fechei os olhos com Nicholas. De repente, o resto do mundo desapareceu. Só estávamos Elva e eu nesta escada, e Nicholas, lá embaixo, a olhar para mim. Ele me observou o tempo todo, o olhar nunca vacilando. Meu coração trovejou em meu peito. Eu senti como se estivesse em um sonho. Somente quando chegamos ao último degrau e um criado nos indicou aon

Não, essa era uma ideia tola. Ele foi gentil com Elva porque ele era uma pessoa gentil. No final das contas, Elva e eu seríamos eliminadas da competição. Sairíamos do palácio, voltaríamos para nosso pequeno apartamento com Anna e nunca mais teríamos notícias de Nicholas. Provavelmente o veríamos na televisão às vezes, com atualizações sobre sua nova família. Pode doer ver, mas isso é a vida. Sonhos são sonhos. A realidade é realidade. Eu não posso ter os dois. “É muito gentil da parte do príncipe Nicholas passar tanto tempo com você e sua filha”, disse-me uma das outras meninas. “Também parece bom para as câmaras”, disse outra, apontando quando um operador de câmara se aproximou de Elva. Estranho, eu realmente não tinha notado eles antes. Nem, aparentemente, Nicholas. Porque no momento em que avistou a câmara a seguir Elva, ele virou-a para o outro lado, fora da linha de visão da câmara. “Você não acha que ele está fazendo isso apenas para se exibir, acha?” disse a primeira ga