"9?", disse alguém. Eu concordei, parecia que eram muitas pessoas para serem eliminadas de uma só vez! "9", confirmou Nathan. "Quando você for eliminado, deverá fazer as malas e sair imediatamente do local. Haverá carros esperando para escoltar você para casa. Não haverá discussões ou reconsiderações." Um murmúrio crescente se fez ouvir novamente, enquanto as meninas cochichavam umas com as outras. Muitas delas se viraram para olhar para mim. "O primeiro a ir..." Tentei ignorá-las. Logo, elas pararam de prestar atenção em mim e, em vez disso, lançaram seus olhares de punhal umas para as outras. Após o anúncio de Nathan, muitos "acidentes" pareciam acontecer consistentemente entre os candidatos. Bebidas derramadas. "Que desastrado da minha parte". Você tropeçou. "Você realmente deveria ter cuidado onde pisa". Vestidos rasgados. "Você não notou aquela unha espetada ali?" Parecia que, com a eliminação se aproximando rapidamente, as meninas tinham começado a se volt

Naquela noite, meu resfriado havia se curado o suficiente para que eu pudesse finalmente me reunir com Elva. Corri até ela, e ela correu até mim. Quando ela chegou perto, eu a peguei em meus braços e a abracei. Seus braços envolveram meu pescoço e ela me abraçou de volta. "Senti falta de você, Elva. Senti muito a falta de você." "Senti falta de você, mamãe." Mark e a babá acabaram se juntando a nós e eu agradeci muito a ambos por cuidarem da minha filha. "Obrigada a você!" disse Elva. "Obrigada, tio Mark!" Pisquei os olhos. Tio Mark? Olhei para ele e ele parecia envergonhado. "Eu não ensinei isso a ela, eu juro. Ela começou a fazer tudo por conta própria." Fiquei surpreso, mas achei que não deveria ter ficado. Afinal de contas, foi uma sequência de eventos semelhante que levou Elva a chamar Anna de tia Anna. "Não se preocupe", eu disse a ele. "Elva tem vontade própria em algumas coisas." Mark pareceu aliviado. "Mamãe", disse Elva. "Nós vamos nos encontrar com os

Fiquei preocupado com Elva o dia todo, com suas habilidades e os perigos que elas poderiam trazer. Eu estava tão distraído com meus pensamentos que não percebi que Elva estava começando a não se sentir bem até que ela pegou minha mão e senti como suas palmas estavam úmidas. "Você não está se sentindo bem, Elva?" Pressionei as costas da minha mão em sua testa. Ela estava ardendo em febre. "Por que você não disse nada?" "Você fica triste", disse Elva. Ela era uma criança tão atenciosa, tentando me proteger. Mas meu coração se partiu ao saber que ela não sentia que podia depender de mim. "Eu amo você, querida, mas você tem que me dizer imediatamente quando não se sentir bem, ok?" Eu a coloquei em meus braços. Os eventos do dia haviam terminado. De qualquer forma, estávamos voltando para o nosso quarto. Agora, carregando Elva, corri para lá o mais rápido que pude. Mark me viu imediatamente. "O que você tem?" "Mande chamar o médico, por favor. A Elva está com febre." Tentei ev

Nicholas Enquanto eu observava, Piper parecia estar se fechando em si mesma. A culpa e a preocupação a empurravam para baixo de seus ombros e a tornavam pequena. Isso não combinava com ela. Ela era forte, uma lutadora, mas o medo de Elva a atravessava. Eu conhecia a criança há poucas semanas e já estava agonizando, vendo-a chorar e tremer de febre. Eu só podia imaginar como Piper se sentia. Ver a filha doente agora, e com tanta frequência, deve ter sido um tipo especial de tortura. Segurando o braço de Piper, eu a virei para mim para oferecer a ela o apoio físico do meu corpo. Ela se agarrou a mim, provavelmente prestes a cair se eu não a segurasse na posição vertical. Eu poderia estar com raiva de Piper por tudo o que havia acontecido entre nós. Ela havia me traído uma vez, por motivos que eu ainda não entendia completamente, quando tudo o que eu havia feito era amá-la. No entanto, ao vê-la daquele jeito, tão assustada com a filha, não pude deixar de me enternecer com ela.

Quando acordei, fiquei surpreso ao me encontrar em minha própria cama, enquanto o médico cuidava de Elva ao meu lado. Olhei em volta do quarto, mas Nicholas não estava mais lá. Fiquei imaginando quanto tempo ele ficou. Provavelmente não por muito tempo. Afinal, ele não gostava de mim. Ainda assim, ele foi gentil em ficar, mesmo com todas as camadas de mágoa entre nós. Ele havia sido gentil comigo na noite passada, e eu não esqueceria isso tão cedo. Levantei-me e me vesti e, quando terminei, o médico estava pronto para falar comigo. "Ela deve se recuperar completamente. Ela precisará descansar por mais ou menos um dia. Seu corpo está cansado de tanto lutar contra a doença." Agradeci a ela, embora meu alívio não tenha esmagado totalmente minha culpa. Elva só esteve em perigo por causa da minha incapacidade de protegê-la. Se eu tivesse ficado longe dela até ter certeza absoluta de que estava curado, talvez ela nunca tivesse ficado doente. Esses pensamentos me atormentaram mesm